
Seguir modismos é a atividade predileta da maioria dos grupos; por isso, essas pessoas acabam pagando um preço bem alto: além de ser muito complicado acompanhar e consumir de tudo, toda a incessante vontade de
“estar na moda” interfere muito no estilo próprio de quem decide viver assim. O resultado é uma pessoa cada vez mais deslumbrada, que perde o sentido de quantidade e qualidade; então, tudo vira uma
misturada descontrolada, que não é nada bonito e que não é bom. Essa pessoa é chamada de
“fashion victim”. Tente imaginar quanto tempo e dinheiro as
fashion victims perdem abarrotando armários com tudo o que é vendido como 'novidade'; uma mania desenfreada de vestir tudo o que é apresentado nesse ou naquele desfile... Ou o que está na capa da revista. imaginou? Tudo isso poderia e deveria ser usado de outra forma: bastaria analisar o próprio corpo, o ritmo de vida e, sobretudo, enxergar e reconhecer a importância do estilo próprio na vida pessoal, social, profissional... Não há nada de errado em não ter o conhecimento necessário sobre moda, o errado está em não buscar entender que a grande oferta de moda precisa ser adaptada. Não há obrigação nenhuma de substituir todo seu armário cada vez que muda estação. E também não há nada de errado em repetir roupas e sapatos – no mundo inteiro as pessoas repetem, por isso vem a importância da qualidade na moda. O que vejo muito é toda essa enxurrada de propagandas em televisão e revistas, muita gente deslumbrada fazendo esforço enorme para seguir tudo o que aparece - até as medidas físicas da modelo da campanha. A pessoa deslumbrada vive em função de tudo que é publicado e mostrado na televisão. Então, muda cabelo e faz plástica porque duas ou três pessoas apontam isso e aquilo. Há ainda outro grupo, mais radical, que faz de tudo para adquirir a aparência física da modelo da revista ou a atriz de televisão, submetendo seus corpos a mudanças violentas: dietas malucas sem nenhum acompanhamento médico e fazendo esforço gigante para comprar tudo que a modelo ou atriz está usando. É tudo uma grande ilusão, uma fantasia que só afasta a pessoa do que realmente ela precisa para estar mais bonita e bem vestida. Cada pessoa é bonita de uma forma particular e pode melhorar muito; para isso não precisa seguir rigorosamente a moda, basta adaptar, combinar e aprender com a moda. Não há nada de errado em querer mudar, mas tudo precisa ser bem pensado. A disciplina é uma arma forte para vida e para o estilo. É preciso saber diferenciar desfile comercial, desfile profissional, da moda que será usada no cotidiano. A moda é feita para todas as pessoas, tudo o que há na moda pode e deve ser usado pela vida toda, depende muito da necessidade de cada um. Gordos, magros, altos, baixos, seja como for, há sempre um jeito, uma saída para a intenção e necessidade de cada pessoa. É preciso melhorar o que a moda terá para sempre de melhor, e tanta coisa já foi feita, e é tudo insubstituível. Os desfiles comerciais estão cada vez mais temáticos, teatrais. É muito bonito, sim é, mas a moda precisa ser cuidadosamente analisada em cada desfile; todo o
show montado e apresentado ao redor da coleção é apenas a moldura do que realmente interessa. Claro que a música é importante, as luzes, as modelos famosas... Mas, desfile de moda é para o espectador conhecer, analisar e comprar qualidade e garantia de uso freqüente, que representa a marca. Porque, moda tem de ter muita qualidade e se não é eterna, já diz tudo: não permanece. Entender isso já é um bom começo para que você faça as escolhas certas e vista-se melhor. Agora, ser elegante, isso é mais complicado. A elegância começa em casa, está no cotidiano, em cada espaço da vida pessoal e social – no conviver. Não é obrigação, elegância é virtude do temperamento. E se você não pode mudar o seu temperamento, a sua personalidade pode e deve ser aperfeiçoada com conhecimentos sobre estilo, comportamento. Tudo depende de disciplina. Tudo depende de você querer dar o primeiro passo.
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