
Quem viu encantou-se com a arte. Evidentemente, a verdadeira Marie Antoinette não era tão popular, a história narra que ela não era querida pelo povo e tinha certo deslumbramento; tudo, obviamente, com muito charme. O filme na versão de Sofia Coppola é simplesmente um luxo. Arte do começo ao fim, arte dos pés à cabeça. A intenção, nas entrelinhas, foi nos transportar com toda a nossa bagagem moderna e pós-moderna da moda, dos costumes e de tudo que vivemos, até a época de rigidez plastificada da era mais extravagante da realeza francesa. O filme mostra uma sucessão de colisões e adaptações, tudo devidamente emoldurado por muito, muito luxo. Apesar de não mostrar a morte, o filme revela a Marie Antoinette que se converteu em mestre da própria vida e da própria morte. A partir daí surgiu o mito que até hoje fascina quem gosta de liberdade aliada ao luxo, ao excêntrico mundo do jet set europeu que subsiste noutro nível. Ela pagou um alto preço, sem pacto ou perdão.

É nessa hora que o luxo nababesco do figurino, dos cenários, afoga a triste e real morte de Marie Antoinette. Nessa procura do foco impossível da união de duas eras, Sofia Coppola conseguiu autorização para entronizar sua versão ao verdadeiro cenário: o Palácio de Versailles. Todos que já visitaram o palácio sabem que são tantas áreas inacessíveis que - usando uma expressão brasileira - o visitante 'fica só na vontade'. O filme mostra muitas dessas áreas. Tudo embalado por The Cure, The Strokes e New Order, por exemplo. A escolha da trilha sonora foi muito feliz nessa união de mundos. Os vestidos apresentados no filme são de uma perfeição visual fora de série - aplausos para Milena Canonero. Quem acompanha a Vogue americana viu em setembro de 2006 mais uma profusão do luxo quando Kirsten Dunst envergou Oscar De La Renta, Chanel, Olivier Theyskens, Balenciaga e os que mais gostei: o armado e chiquérrimo vestido listrado (foto) assinado por Alexander McQueen e o moderníssimo Dior com 200 metros de alumínio e organza (foto). A Vogue é toda essa competência que todos nós já conhecemos e essa edição ficou realmente de 'parabéns'. Marie Antoinette é sempre um exemplo de que a base da regra é a transgressão - mas sempre com muito luxo e charme.
Se além de ver no cinema você também quer ter o filme, faça como fiz: compre o seu no Submarino (
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3 comentários:
Jamill, eu adoro filmes históricos, apesar de a maioria distorcer a história oficial deliberadamente - como fizeram em Elizabeth. Mas acho o máximo a reconstrução de época, e adoro, pelo menos por uns instantes, brincar de viajar no tempo. Estou doido pra ver Maria Antonieta. E pelo que vi nos traillers, não foi à toa que Milena Canonero superou, no Oscar, o também ótimo figurino de O diabo veste Prada. Se eu não conseguir ver ainda no cinema, vou usar o link postado por vc e comprar pra assistir em casa... Abraços!!
Me deu mais vontede de ver o filme, depois de ler sua crítica!
Bjos Jammil!
Oi Jammil,
Sou amiga do Amf e ele me mostrou seu blog. Tenho um blog sobre moda e nele tem um link para um vídeo que mostra parte do trabalho de produção da Vogue para o ensaio Marie Antoinette.
Entra lá!
blog.fernandaweber.com
Falow!
ps: o post tá lá pelo dia 14/03 : )
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