
Quando apareceu na Vogue a foto da
Naomi Campbel correndo pela usina de açúcar no Nordeste, usando bonito vestidão, as pessoas todas achavam uma coisa inusitada. A surpresa maior veio quando revelou-se o estilista que assinou o vestido:
Ronaldo Ésper. Muita gente acha que o Ronaldo Ésper é polêmico, que ele faz uma moda “clássica demais”, o que seja; mas que esse vestido ficou fenomenal, ficou. Já vi de perto alguns vestidos para noivas assinados por ele e é tudo um trabalho bem bonito. Só não concordo com os decotes. Agora, esse vestido usado pela Naomi é bem luxuoso e feminino, com meias e sapatos fechados então, aí fica ‘super’. Atualmente tenho notado que as mulheres estão cada vez mais masculinizadas, poucas são vaidosas hoje em dia e há pouco interesse pela produção. Acho isso uma pena, porque a mulher tem de expressar feminilidade, todo o charme de tudo o que uma mulher pode ter. Recentemente fui jantar fora e me surpreendi quando vi entrar no restaurante uma mulher lindíssima, magra, com tubinho de tafetá, salto bem alto, meias e um cabelão bem bonito, descobrindo o rosto. Brincos bonitos. Biótipo e produção perfeitos. O movimento do cabelo, a delicadeza dos gestos, era tudo muito feminino, muito chique – porque era com naturalidade. O rapaz que estava com ela parecia encantado; mesmo que não estivesse encantado, seria impossível resistir ao encanto de tanta feminilidade num mundo que atualmente anda tão masculinizado. Todo homem ficaria orgulhoso ao lado de uma mulher assim: feminina, delicada, que usa do que pode para realçar sua beleza. A produção conta muito e o vestido usado pela Naomi, correndo pela usina, imprime feminilidade e poder à imagem de quem o usa.
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Fotografia: Naomi Campbel para Vogue.
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