


Por fim, essa crise na moda mundial, sobretudo na alta costura, é totalmente visível em Paris. É na Cidade Luz que os novos estilistas sentem a cabeça a prêmio a cada grito de parada de um grande costureiro, assim como os museus de moda ficam ansiosos por exemplares para suas coleções em exposições permanentes. Os estilistas, por seu lado, nunca sabem qual assinatura vai rotular suas produções amanhã, depois... Nem quando conquistarão sua própria assinatura e muito menos se a próxima coleção, subsistindo ao fim do luxo, não vai desandar justamente seus sonhos baseados nos grandes mestres e até findar um emprego rendoso. O curioso e que só completa a decadência, é ver que as grifes estão mudando para as mãos de pessoas muito poderosas, que acabarão pondo fim ao luxo e arte na moda, em nome do capitalismo. Mesmo juntando todos os pedaços, com uma única pessoa sendo dona de dezenas de grifes, certamente não haverá mais nada que se compare a legítima alta costura. Afinal, antes de uma infinidade de lições, o capitalismo precisa compreender, em todos os aspectos, a qualidade e não a quantidade.

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