
Não adianta nada chegar de limusine – que, aliás, é um carro que só funciona para cerimônia do Oscar, em qualquer outra situação fica cafona – se não vai mostrar nada de exuberância. Tudo muito simples e sem graça nos vestidos que atravessaram
the red carpet para a cerimônia de entrega do Oscar 2008 - o prêmio completou 80 anos. Houve desculpa de estar chovendo e

enfim, o fato é que foi uma profusão de minimalismos, cabelos de chapinha japonesa ou aqueles penteados que você imagina um cabelo cheio de
goma sem cachos exuberantes e nenhuma grande jóia – grandes grifes, mas nenhuma peça especial. Por outro lado, muitos decotes. Falou-se muito da
Jéssica Alba com um vestido roxo
Marchesa, ela estava muito bem. Daí todo mundo reclamando todo o tempo:
“foi pela tensão gerada pela greve dos roteiristas durante as preparações”, tudo conversa fiada; os roteiristas não têm nada a ver com as roupas e jóias dos convidados para a cerimônia. E no meio dos convidados homens, todos de
smoking – que é o traje apropriado para cerimônia
black-tie – um ou outro com roupa

que não tinha nada a ver, como
Javier Bardem,
Viggo Mortensen e
Philip Seymour Hoffman, por exemplo. O que custa colocar a gravata borboleta? Onde estão os assessores dessas pessoas?! Uma tristeza. Por outro lado, a elegância da
Cate Blanchett, de
Dries Van Noten e jóias
Lorraine Schwartz...
George Clooney muito elegante ao lado de
Sarah Larson que vestia, sem muito porte, um
Valentino. Outra que também estava de
Valentino e sem porte, foi
Miley Ray Cyrus, e também a
Cameron Diaz que usava um
Dior. Então você pergunta:
“Ah, mas quem se importa em ter porte hoje em dia, Jamill?” Eu me importo e estou dizendo. A mulher que não tem porte para usar uma roupa, ao invés de ser salva pela qualidade e beleza do vestido, ela torna tudo comum.

Depois veio
Diablo Cody vestindo simplíssimo
Dior com estampa de leopardo.
Marion Cotillard com vestido da nova coleção de
Jean Paul Gaultier, de inspiração no mar, com aquela impressão de escamas. Apesar de simples,
Anne Hathaway estava perfeita de cabelo preso descobrindo o rosto – franjas e mechas que descem pelo rosto passam uma falsa impressão de timidez e insegurança – e usando um vermelho
Marchesa que deu um contraste muito especial à sua pele extremamente branca e batom combinando, até parecia que o vestido tinha sido feito exclusivamente para ela, ao contrário da
Jennifer Hudson, de franja lisa e usando um
Roberto Cavalli branco que deu curvas desproporcionais para seu corpo. Também de
Roberto Cavalli, simples, mas elegante, estava a
Kelly Preston. Gostei do vestido
Chanel usado por
Penélope Cruz, que mesmo com jóias muito simples estava bem exuberante diante de tudo, fazendo pose, sorrisos e olhares para a imprensa. Gostei muito da
Jennifer Garner – apesar do cabelo liso –, elegante com um
Oscar de la Renta preto e jóias simples, mas com ótima apresentação.

A
Katherine Heigl parece que sonhou com a
Marylin Monroe e então quis fazer um charme, mas não funcionou. O que salvaria a noite seria ver o casal mais bonito de Hollywood,
Demi Moore e
Ashton Kutcher que mesmo se eles aderissem à total quebra de regras, estariam sempre bonitos... E então, a nota dez vai para a
top Heidi Klum, usando um
Galliano vermelho e com todas as poses e ares de sofisticação que o vestido pede - com tanto charme, nem precisa de jóia. Será que um dia voltará o glamour, o luxo e a elegância para o tapete vermelho do Oscar? Eu acho difícil. A verdade é que temos de aprender a lidar com essa nova e
insossa realidade; é um grande sacrifício encarar isso... Portanto, diante de certas coisas, é preferível ficar alienado.
Um comentário:
Goststei de seu comentário porem discordo no momento em que se 'decepciona' com Katherine Heigl. Para mim ela estava radiante, assim como Heidi. E acredito também que esse 'red carpet' não teve espaço para exageros, foi uma noite minimalista em que os vermelhos marcaram presença.
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