
Hoje eu comento a mais bonita coleção da alta costura de
Giorgio Armani,
primavera-verão 2008. É impossível não reparar na mistura de
Karl Lagerfeld e
Valentino... E, portanto, apesar do ótimo gosto, não é de grande novidade. Muitos
drapejados, formas geométricas e estampas absolutamente artísticas e modernas, pedras semipreciosas e um perceptível esforço em fazer peças visivelmente individuais, detalhadas e cheias de recursos inesperados para o caimento. Então, algumas peças passam certo artificialismo -
Galliano que o diga em coleção recente. A estrutura-base é formada por sobreposições de tecidos suaves ao movimento e às formas físicas, como seda e tule, por exemplo... Muita coisa aliada a uma paleta de cores geralmente tão suaves quanto os tecidos. E ombros muito equilibrados, eu gosto de ombros bem alinhados. O que mais me impressionou, de maneira positiva, diante de um caminho já percorrido em criação, foi o belo e raro efeito óptico – resultado dessa sobreposição – que, de uma maneira evidente, fez com que as linhas e efeitos horizontais não 'engordassem' a silhueta... Outras formas ainda davam ilusão de profundidade. E isso é muito, muito chique e moderno. No mais, você acaba não sabendo onde parou o clássico e entrou o contemporâneo nesse resultado atemporal da alta moda Giorgio Armani Privè.

Agradecimento: Em homenagem ao leitor Felipe Arthur Rodrigues, que passou várias sugestões para o blog.
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