Alta Costura - KARL LAGERFELD: Uma Chanel Romântica, Mínima e Futurista Onde o Cafona Vira Luxo | Primavera-verão 2009

Com intenção romântica e, em alguns detalhes, futurista, Karl Lagerfeld apresentou uma alta costura que inspira as possibilidades que vêm do branco, das linhas retas, da re-estilização de peças extremamente clássicas que ganharam um ar jovem e dinâmico através de uma sobreposição de tecidos causando um visual em terceira dimensão. Organza e tecidos 'plastificados', unem o clássico da base com a intenção futurista e, ao mesmo tempo, simplificada. Muitos podem encarar a coleção como uma representação do minimalismo que deve haver em momentos de crise econômica mundial; porém, quem pensa assim esquece que a mulher que consome e usa alta costura desconhece esse tema global na prática. Talvez a leveza das aplicações de plumas e transparências – essa, repetida de duas coleções atrás, em alguns saiotes – represente essa despreocupação com tudo. Mas, nem tudo é branco, há vários pretos... Não que o preto represente o inverso. A novidade fica, unicamente, na mistura e aplicação de tecidos com apresentação diferenciada do habitual. Favorecendo a sensação do luxo que só a alta costura tem, aliada ao frescor da simplicidade extrema em formas, cores e efeitos de combinações. De tudo o que mais gostei foi do equilíbrio dos ombros, absolutamente chique. O que menos gostei foi das calças com vestidos por cima, até na noiva [imagem principal], dando um ar muito feio, cafona até, e isso é imperdoável no que se refere ao bom gosto e à beleza na alta moda.

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