Bom dia. Estou preguiçoso, mas ontem comentei uma postagem sobre moda e essa será a base para nossa conversa de hoje. Estamos entre as semanas de moda do Rio e de São Paulo. A moda usável de hoje é igual em todo lugar. Chamam de "vestuário de mundo". Pelo menos, ainda há alta costura que, apesar de coleções que nem sempre são bonitas, continua sendo uma moda exclusiva, pessoal, menos aparentemente comercial, mesmo com a intenção dos designers de atrair a atenção de quem não pode usar alta costura a comprar perfumes e acessórios das grifes. Tudo virou comércio. Até a exigência pelo físico muito magro é para facilitar a produção das peças. É uma pena que a moda esteja assim. Pelo menos, grandes revistas de moda ainda têm os pés no chão quanto ao bom gosto, e elegem o vintage como perfeito e atemporal. Eu concordo. Com exceção de Christian Lacroix e Karl Lagerfeld, a moda mais bonita veio da alta costura dos anos 50 até os 70. Espero, pelo menos, que a moda brasileira copie menos os estilistas de fora e possa ter mais o ritmo de Lino Villaventura, que usa técnicas artesanais brasileiras na confecção de suas peças, tornando-as realmente exclusivas e belas, também usáveis quando separadas da produção de desfile, misturadas ao toque teatral que tem tanta valia nas passarelas da alta costura de hoje. No mais, para identificar uma grande grife no Brasil, basta prestar atenção na primeira fila: se tiver Carmen Mayrink Veiga, Sergio Marone, Carolina Ferraz, Mario Testino, é porque é de abafar mesmo!
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