Alta Costura - Futilidade & Utilidade | Chanel Couture Spring 2010

É preciso fazer a tal limonada com os limões da moda. Nisso, Chanel é o açúcar - ou melhor, o adoçante, porque o size zero ainda é modismo. É bom fazer anotações, escrever sobre a apresentação de passarela, mas nada disso seria importante sem humor, mesmo que o sentido seja a crítica negativa. Evito criticar desnecessariamente, porque não daria em nada expor minha idéia pessoal na tentativa de desvalorizar uma roupa ou um desfile inteiro. Nisso, prefiro ficar de fora e não comentar o que não me agrada, a não ser maisons de competência obrigatória como Chanel e Dior, por exemplo - Givenchy também, mas caiu muito. Na recente coleção de alta costura Chanel, Karl Lagerfeld nos deu a oportunidade de reencontrar o prateado na roupa. Isso eu já adotei, desde os blazers cromados de Givenchy, mas agora tem mais brilho, mais "exibicionismo". Apesar de ser assim, fiquei amigo do cínico prateado e considero elegante tanto a mulher adotar as idéias de Lagerfeld quanto os homens adaptarem quando precisarem fazer charme com a roupa. Particularmente, prefiro sapatos, meias, calça e cinto prateados e skinny jacket em tom pastel, que pode ser azul, por exemplo. É fashion hoje em dia. A personalidade conta muito, o porte da pessoa, sua posição social e suas molduras: restaurantes que frequenta, carros que usa, casa, etc. É uma proposta de vestuário que exige humor. Não só de quem usa, mas de quem convive com quem usa, porque em grupos errados passaria como pura exibição, enquanto nos grupos mais sofisticados seria uma cor. Mas, que o penteado de apresentação parece as orelhas da Minnie Mouse, parece sim.

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