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Dior, sem Galliano, mantém a linha com os simplesinhos Bill e Susanna. |
PARIS – A primeira coleção de alta costura Dior sem John Galliano, hoje, não me agradou completamente, mas não tem nada a ver com o novo estilista. O próprio Galliano vinha fazendo repetições descaradas de looks completos da marca e parecia haver algum tipo de desaforo ou encrenca nos bastidores comerciais da Dior. Mas, fiquei curioso para saber como seria o desfile assinado por Bill Gaytten e Susanna Venegas, ex-assistentes do Galliano, que assinou a marca por 15 anos. Alguns poucos looks dessa coleção são de um luxo absolutamente nababesco e atemporal [Que você vê no detalhe da foto de cima], mas, as mulheres mais elegantes do mundo já têm. Ficou provado que o Gaytten consegue manter a “linha de Galliano” na marca, se bem que o próprio Galliano já havia castrado seus devaneios teatrais há algumas coleções – eis uma observação que nos faz suspeitar de problemas com a chefia e com os lucros –, mas, apesar das ricaças nem se preocuparem com John Galliano, desde que a coleção lhes permita vestir o que quiserem em seus compromissos de abafar, eu gostaria que o Galliano não tivesse sido afastado da Dior, achei um exagero. Mesmo que ele estivesse sendo repetitivo e menos teatral, seu nome é uma assinatura bonita para a moda. Por mais polêmica que tenha sido a frase que ele disse estando bêbado, somos civilizados demais para misturar as coisas. É preciso aceitar mudanças na moda, adaptar-se. A alta costura está numa crise de lascar e o desfile não foi lá essas coisas, portanto, está tudo bem. Eu selecionei os looks mais bonitos, de um luxo realmente usável e atemporal, mas, que ficariam bem para o verão, não para o inverno.
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