
Quem acompanha moda tem notado cada vez mais orientais assistindo
desfiles da alta costura de Paris e seus nomes constando nas minúsculas listas
de clientes. As ruas de Tokyo, por exemplo, sempre foram uma passarela de
ousadia fashion, muitas misturas nas roupas de jovens interessados em marcas e
editoriais de moda ocidentais e cada vez mais adeptos da receita de exageros
que a moda vem ditando para cobrir o entediante
show de um vestuário idêntico a
cada estação. Acessórios exageradamente misturados e combinados sobre uma roupa
totalmente correta parece não ser o limite. Portanto, agora, além de filtrarmos
a questão da qualidade que define boas marcas, é preciso uma carga de
tolerância com as misturas de estilos, cores e tecidos que ultrapassaram a
barreira dos acessórios e atingiram a roupa em si, com peças de alfaiataria,
como jaquetas, usadas sobre os ombros como um casaco de peles,
"combinadas" com calças e sapatos esportivos que, numa tentativa de
nivelar, têm a manobra de combinar cores e proporções. Como uma noiva que usa
decote, porque nunca teve oportunidade de ir a um baile, as misturas gritam uma
intenção de
"sabedoria" e vivência numa realidade ainda desconhecida
e, portanto, estranha, que desfaz o respeito pela estrutura da roupa, mas, que,
às vezes, é divertido e com um certo bom gosto. Porém, quando a moda chega a
esse estágio, novamente volta a questão estética que faz com que o jovem oriental
da foto pareça bem por estar magro, o mesmo não aconteceria se um gordo usasse
a mesma
"descombinação".
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