Jamill Barbosa Ferreira -
@JAMILLISSIMO - Ulyana Sergeenko e Atelier Versace foram, sem dúvida, os mais
bonitos e chiques desfiles da semana de alta costura primavera/verão 2015, em
Paris. Mas, os detalhes, as minhas impressões, não estão somente neste texto; outros textos estão por vir. Eu poderia acrescentar Valentino e Elie Saab no grupo dos desfiles mais bonitos, mas, é preciso estar
atento aos talentos que, embora participem da semana de alta costura, não muito
badalados. Está mais do que claro que o chique apresentado em passarela,
atualmente, é parecer pobre e essa é uma expressão bem pesada, admito, mas não é distante da realidade das propostas fashion - refiro-me, também, à produção... Claro que isso não pode
ser levado ao pé da letra, pois, se a produção dos desfiles da alta costura
está cada vez mais 'clean', é essencial que a manequim e, obviamente, a
cliente, tenham uma pele fora de série, mesmo que recheada de botox e todas
essas coisas deformadoras que continuam no cenário fashion e que nada têm a ver com pobreza em si. Ulyana Sergeenko
mostrou roupas muito, muito chiques, bem estruturadas dosando elementos antiquados e sofisticados, resultando em peças atemporais e dentro da
linha que as grifes de luxo têm oferecido, com alguns valores a mais: o equilíbrio, a sobriedade, o charme discreto.
O fato é que a roupa é tão alinhada, bonita e chique que a cliente não vai provocar
nenhuma luta de classes se quiser o mínimo do mínimo num jantarzinho em família na cozinha ou fazer uma aparição
publica com um colar de diamantes: poucos empregados, pouca trabalheira em
casa, poucas pessoas para receber e uma saída a bordo de uma Rolls Royce, para
um seleto jantar black-tie - como soa estranho a descrição de exuberância nos dias atuais! Ela poderia, inclusive, comprar uma ilha e desfilar
seus vestidos em meio a natureza, sozinha; depois, ir até a sala de jantar e
comer lagosta com as mãos. Ah, como a alta costura é mágica! Ao redor, o azul
do céu de verão, o mar, o 'ar puro' da tão tímida poluição, imperceptível, diante
de uma indumentária tão sofisticada e confortável. O feio é dispensado. O
futuro é solitário, como numa ilha deserta; e como tudo é prazeroso quando é
moldado pela qualidade e beleza do luxo. A verdadeira riqueza é a simplicidade,
desde que haja meios de comprar seus vestidos Ulyana Sergeenko, uma ilha, e
algumas jóias para realçar a cor dos olhos.
Alta Costura - Ulyana Sergeenko | Primavera-verão 2015
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