Jamill
Barbosa Ferreira - @JAMILLISSIMO - Você ainda valoriza as listas das mulheres
mais bem-vestidas, chiques, do mundo? Não é somente de mulheres que esse
assunto trata, mas... Essas listas que diferenciam as mulheres e homens mundo
afora, em grupos de cidades, países, continentes e, finalmente, o mundo todo -
como o Hall of Fame da Vanity Fair - estão cada vez menos interessantes. Quando
Eleanor Lambert era viva e fazia uma observação criteriosa de cada mulher do
jet set antes de atirar os nomes aos holofotes, o resultado de cada atualização
estremecia a alta sociedade mundial com a mesma intensidade. Mas, em 2002, um
ano antes de sua morte, quando John Galliano sacudia as passarelas de Paris
apresentando vestidos tão gigantescos que faziam a chique Claude Pompidou parecer um ET
fashion - e eu me interesso por ufologia - nos eventos sociais, a chique Mme. Lambert passou toda a
responsabilidade de sua cuidadosa lista para a Vanity Fair. Então, houve uma
revolução - não para melhor - na eleição dos nomes e tornou-se ainda mais
importante saber a diferença entre mulheres, pessoas, bem-vestidas, ou chiques,
e elegantes. Uma mulher bem-vestida pode, facilmente, ter uma vida pessoal
turbulenta, causando espanto a todos que leem artigos sociais e veem fotos da
última festa do momento, mas, ela certamente tem endereço certo, geralmente de
luxo, para suas compras e mantém um vestuário equilibrado para cada ocasião.
Assim, uma mulher casada que tem um amante, por exemplo, está terrivelmente
longe de ser elegante por causa do romance extraconjugal, mas, se usar seu
tailleur Chanel da última temporada, mesmo que seja para se encontrar com o
amante, ela será bem-vestida. O homem casado que trai descaradamente a mulher,
mas mantém seu armário entupido de Armani e Versace será somente bem-vestido e,
desculpe, não poderá ser elegante. Além das marcas influenciarem a qualidade do
chique, é preciso ter bom gosto e bom senso: o caimento da roupa é, certamente,
mais importante do que a grife e tão importante quanto a escolha do tecido de
acordo com o clima. Os detalhes contam totalmente quando a adaptação da roupa é
moldada sobre cada corpo. Desse modo, um homem pode estar usando um terno Yves
Saint Laurent do tamanho errado seja por falta de atenção ou por pegar
emprestado, com comprimentos errados, desfiando, etc., enquanto outro vai usar de
forma correta um terno de shopping center, de tecido certo para a estação, com
caimento impecável. Além de tudo isso que é um sistema de consumo, cada pessoa
tem o direito de expressar seu próprio estilo e criar suas próprias roupas, mesmo
que o material seja reciclado, ou usar a coisa mais surpreendente que se possa
imaginar... Nesse caso, a atenção ao protocolo deve ser absolutamente a base
para estar no padrão correto: não importa se para ir a um casamento a convidada
usará tafetá ou saco de feijão, desde que não tenha decote nem fenda, pois, a
exibição física destrói qualquer intenção de roupa ou comportamento dentro de
uma igreja, um templo religioso, seja qual for a religião. A elegância é outro
nível, muito além da boa educação, é um exemplo de como se aceita a vida, de
como se caminha pelo mundo respeitando regras comportamentais sem nenhum
deslize. Assim são as pessoas que fazem parte do cenário social mundial e
algumas delas são, obviamente, bem-vestidas e elegantes, mas, é tão raro. As
listas continuam insistindo, subsistindo, mesmo quando temos a certeza total de
que em se tratando de nomes mundiais, o que vale mesmo é o que foi feito por
Eleanor Lambert. Depois disso ainda há muita gente que merece estar lá, mas, é
preciso haver um filtro de tamanha capacidade e paciência que ainda não foi inventado.
A Diferença das Bem-Vestidas
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